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Descubra sobre a acupuntura

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1  O que é Acupuntura?

 

    Originária da China, a Acupuntura é um método terapêutico que se caracteriza pela inserção de agulhas através superfície corporal, para tratar doenças e promover a saúde. 

      Ela é reconhecida como especialidade médica desde 1995 pelo Conselho Federal de Medicina.

 

 

2  Como funciona?

    Graças às pesquisas científicas realizadas nos últimos cinqüenta anos, tanto na China como no Ocidente, os efeitos da Acupuntura vêm sendo desvendados. Seu mecanismo de ação tem sido demonstrado à luz da ciência atual, tendo bases fisiológicas. A inserção da agulha de Acupuntura estimula terminações nervosas existentes na pele e nos tecidos subjacentes, principalmente nos músculos. A “mensagem” gerada por esses estímulos segue pelos nervos periféricos até o sistema nervoso central (medula e cérebro). Aí, deflagra a liberação de diversas substâncias químicas conhecidas como neurotransmissores, desencadeando uma série de efeitos importantes, tais como, analgésico, antiinflamatório e relaxante muscular, além de uma ação moduladora sobre as emoções, os sistemas endócrino e imunológico e sobre várias outras funções orgânicas.

 

 

3  Quais são as indicações?

 

    O campo de atuação da Acupuntura é amplo, devido a sua própria natureza e mecanismos de ação, pois ao estimular o sistema nervoso, regula e harmoniza o funcionamento do organismo como um todo. Tanto nas pesquisas clínicas, como na prática diária, tem-se observado uma grande eficácia da Acupuntura no tratamento de inúmeras doenças e disfunções orgânicas: neurológicas, psiquiátricas, ortopédicas, respiratórias, reumatológicas e digestivas, entre outras. Assim sendo, a Organização Mundial de Saúde (OMS) elaborou uma extensa lista de doenças tratáveis pela Acupuntura. Entretanto, inúmeros estudos científicos rigorosos realizados em todo o mundo têm feito essa lista de indicações crescer cada vez mais. 

 

 

4  Como é feito o atendimento em Acupuntura?

 

    É bem mais do que “inserir agulhas no corpo”. Essa é apenas uma das etapas de uma série de procedimentos encadeados, que obedece à mesma seqüência de uma consulta médica de qualquer outra especialidade.

    Assim sendo, durante a anamnese, as queixas e a história do paciente são ouvidas e anotadas. A seguir, é realizado um exame físico e são solicitados e interpretados exames complementares quando necessários. Isso permite ao médico a elaboração de um diagnóstico clínico. Só então, ele poderá decidir se a Acupuntura está indicada naquela situação clínica e se há necessidade de prescrever alguma medicação, bem como associar outra forma complementar de tratamento. Finalmente, o médico poderá estabelecer um prognóstico, informando o paciente sobre as possibilidades de sucesso do tratamento empreendido e de suas limitações no seu caso em particular.

    Eventualmente ele poderá ser encaminhado, caso necessário, a um médico de outra especialidade, para uma avaliação, ou mesmo, para a continuidade de seu tratamento.

 

 

5  Quais os profissionais habilitados para a sua prática?

 

    Os únicos profissionais de saúde do país, que, por lei, detêm o direito de diagnosticar doenças, prescrever medicamentos e realizar procedimentos invasivos, são os médicos, os cirurgiões-dentistas e os médicos veterinários. O Colégio Médico Brasileiro de Acupuntura (CMBA) defende que a prática da Acupuntura, no Brasil, seja realizada por estes profissionais, nos seus respectivos campos de atuação.

     Este entendimento foi corroborado pela Justiça Federal, que por meio de vários acórdãos do Tribunal Regional Federal da 1a Região, entendeu que, “apesar de não existir no Brasil lei específica regulando a atividade de acupuntor, não pode o profissional de saúde praticar atos que sua legislação profissional não o habilite, sob pena de ferir-se o inciso XIII do artigo 5.o da Constituição”. E decidiu “não ser possível aos profissionais de saúde alargar seu campo de trabalho”, como fizeram indevidamente os Conselhos Federais de Farmácia, Fonoaudiologia, Psicologia, Enfermagem, Fisioterapia e Terapia Ocupacional, por meio de Resoluções que buscavam permitir a prática da Acupuntura por suas respectivas categorias profissionais, “pois suas competências já estão fixadas nas leis que regulamentam o exercício dessas profissões”. 

  

 

 

 

6  É preciso interromper outros tratamentos?

    Não, pois na grande maioria das vezes, a associação da Acupuntura com outras formas e tratamento não apenas é possível, como é benéfica para o paciente. Porém, somente após a realização de uma consulta com a definição de um diagnóstico, o médico poderá determinar qual o tratamento mais adequado para cada quadro clínico. Desse modo, poderá associar à Acupuntura outros métodos de tratamento, inclusive medicamentos.

 

 

7  As agulhas podem transmitir doenças?

 

    A normatização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) concernente à prática da Acupuntura determina que ela seja realizada exclusivamente com material descartável. Infelizmente, profissionais sem formação adequada insistem na reutilização das agulhas. Por esse motivo, a literatura médica tem registrado grande número de relatos de pessoas vitimadas por doenças transmitidas por agulhas de Acupuntura. Dentre essas, encontram-se: hepatites, meningites, encefalites, etc. Portanto, cabe ressaltar que as agulhas nunca devem ser reaproveitadas, nem no mesmo paciente, pois uma vez guardadas, sua contaminação é quase certa.

 

 

8  A sua prática pode envolver complicações?

 

    A Acupuntura realizada por médicos especialistas é segura. No entanto, quando praticada por profissionais não habilitados tem-se revelado extremamente danosa. Os relatos de complicações são muitos e variados: desmaios, lesões em nervos periféricos, pneumotórax, hemotórax, infecção no pavilhão auricular, meningite, encefalite, mastoidite e até mesmo óbito. Para conhecer a lista detalhada dessas publicações, visite o site: www.cmba.org.br

Autor

Dr Helio Widson Alves Pinheiro

Dr Helio Widson Alves Pinheiro

Acupunturista, Tratamento Da Dor

Especialização em Acupuntura no(a) Cmba-pe.